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COLUNISTA: MARIO VERISSIMO, CEARÁ CEARÁ BRASIL

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Imperdivel! "Uma Entrevista cruel com o guerreiro Michel".


Estamos dando um presentinho ao torcedor alvinegro que ainda não teve condições de adquirir a revista 1914.

Essa iniciativa é exclusiva do Blog oficial do torcedor alvinegro.

Confira os melhores momentos da entrevista concedida pelo ídolo Michel :

 
1914: Como foi a sua infância e o início no futebol?
Michel: Sou de São Paulo e sempre passei os sábados e domingos jogando bola, mas não profissionalmente. Comecei a trabalhar muito cedo, tinha oito anos quando meu ai se separou da minha mãe e eu e mais dois irmãos começamos a trabalhar pra ajudar a família. Aí teve um treinador que viu a gente jogando, nos levou para o interior de Sergipe.

1914: Você tinha que idade?
Michel: Isso aí eu tava com 23 anos, já tinha saído do emprego. Arrumei minhas coisas e fui embora. Cidade do interior, 15 mil habitantes... Foi lá que começou o futebol pra mim.

1914: Como você desenvolveu esse estilo de jogo mais ligado à força?
Michel: eu sempre fui dedicado na parte física, antes mesmo de ser profissional. No colégio, eu sempre ia bem em basquete, vôlei, futsal... Já corri três vezes a São Silvestre, pra você ter noção, e sempre cuidei do meu corpo, não bebo nem fumo. Na parte física, sempre fui bem e nunca tive problema nenhum.


1914: E como é que você lida com a fama? Muita gente chega pra conversar...
Michel: Em todo o canto. Posso ir até de boné, escondido ou de máscara que o pessoal reconhece. Também, né? Cheio de tatuagem visível é mais fácil te marcar. Sou um cara que observa muito e percebo quando alguma pessoa tá me olhando. E o pessoal fica com medo de chegar em mim, porque pensa que eu mordo (risos), que eu vou ficar nervoso ou chateado, mas acho [o assédio] normal e atendo todo mundo numa boa.


1914: Como é essa identificação com o Ceará?
Michel: Vou te falar... Eu tenho quase quatro anos aqui né... Criei uma identidade com o clube, com a diretoria e com a torcida. Todo mundo sabe do carinho que eu tenho quando jogo pelo Ceará. São quatro anos dedicados a essa torcida, a esse clube, correndo do começo ao fim [de cada partida]. Não gosto de perder nem em par ou ímpar. Todo mundo sabe que quando eu entro em campo é para dar o melhor para os meus companheiros, para a torcida e para o clube. Eu tenho um carinho gigantesco pelo Ceará. Esse é o clube que eu passei mais tempo da minha carreira, então já criei essa identidade. O pessoal gosta de mim pra caramba e eu gosto deles também.

1914: Você acha que essa sua seriedade e compromisso com tudo é a principal dica para quem está começando?
Michel: O pessoal fala: “Pô, Michel, você é muito sério, tem que sorrir mais”. Quando eu estou no meu serviço não tem como dar risada. Cada um tem seu jeito e eu não sou muito de comemorar. Quando o pessoal lá frente faz gol, eu escuto: “Você tem que ir lá comemorar”. É melhor ficar me poupando porque depois eu vou ter que correr atrás dos meias, dos atacantes e é só camisa 10. Eu tenho a minha maneira de ser, de comemorar. Na hora de trabalhar tem que ser sério. Quando eu treino, eu treino pra mim mesmo. O jogador sabe quando falta um pouco disso ou daquilo pra estar bem. O pessoal fala: “Pô, o Michel ta sempre correndo”. Lógico, eu quero estar bem sempre, porque uma partida vai exigir muito mais de mim.
1914: Qual foi o momento mais marcante com a camisa do Ceará?
Michel: Tem vários, né. Um foi quando fiz meu primeiro gol. Chutei de fora da área. O pessoal daqui pede muito: “Tem que chutar, macho!”, como fala o cearense. Mais eu também não posso chutar de qualquer lugar. O jogo do acesso foi muito marcante, a nossa conquista da Sul-Americana também. Fico muito feliz de ter participado dessas alegrias dadas ao torcedor do Ceará.

1914: Você faz alguma preparação para cada partida?
Michel: Eu compro todos os DVDs dos jogos e já coloco na TV. Assisto aos lances várias vezes. Eu gosto de assistir e ver as características de cada jogador. Se o jogo é contra o Vasco, eu já começo a estudar quem é que vai jogar na meia e começo a ver quais são os movimentos naturais dele... Acho que o atleta profissional, que quer vencer, tem que pensar lá na frente, né? Não adianta você ficar treinando e nem aí... Nem sabe quem você vai marcar. Se o jogo é domingo, durante a semana eu já tenho que começar a imaginar, conhecer o estilo do jogador e tentar surpreender.


"A entrevista completa você pode conferir na revista 1914"
Ela está sendo vendida nas bancas, livrarias e nas lojas Sou Mais.

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